terça-feira, março 27
terça-feira, março 13
segunda-feira, março 12
“Está bene!”
Sou péssima a descrever sentimentos, sempre tive noção disso e neste momento isso irrita-me! Não consigo descrever (nem perceber) o que sinto… o que senti há pouco mais de 1 hora quando entrei na papelaria e dei de caras com um colega de escola.
Foi meu colega na primária e no ciclo, era um daqueles miúdos muito irrequietos, muito brincalhão, pouco aplicado (excepto no que dizia respeito às artes plásticas), desenhava maravilhosamente.
Os pais dele e os meus conheciam-se muito bem, isto porque em tempos tinham pertencido ao mesmo grupo de amigos, recém casados e sem filhos para lhes ocupar o tempo.
Resumindo, é um daqueles colegas que não se esquece facilmente!
Sem bem me lembro, no 8.º ano, ele mudou de escola e nunca mais nos voltámos a encontrar… assim, frente a frente… até hoje!
Há 3 ou 4 anos (ou talvez mais), estava a jantar com a família e a ver o telejornal quando, ouvi um nome que me chamou a atenção. Era o nome desse meu colega… e foi o choque! Estavam a fazer uma reportagem sobre poli-traumatizados (nada daquele género do coitadinho do desgraçadinho, não! Era uma coisa séria e sem dramas). Pelo que percebi durante a “peça”, ele tinha tido um acidente grave, tinha estado em coma, tinha ficado com um lado do corpo afectado, mal andava e mal falava. Fiquei horrorizada, alguém tão novo, que eu conhecia bem, alguém próximo! Todos nós achamos que estas coisas só acontecem aos outros e a quem não conhecemos… Esse dia e os seguintes foram, para mim, bastante perturbadores. Conhecê-lo como era antes e como estava naquele momento…
Entretanto, meses mais tarde, os meus pais encontraram a mãe dele e é claro que me contaram mais pormenores do que tinha acontecido e de como estava a recuperar. Cheguei mesmo a vê-lo 1 ou 2 vezes cá por Alverca, mas sempre de longe.
Hoje, quando entrei na Gaveto, tive medo… medo de lhe falar, medo de que ele não me reconhecesse, medo de o tratar de forma diferente, medo da reacção dele… Durante breves segundos fiquei estagnada à porta, sem reacção… Olhei para ele e acho que me apercebi do “click” dele e avancei, sorri-lhe e com a maior naturalidade cumprimentei-o. Enquanto lhe perguntava como estava, olhei para a mãe dele e vi o seu sorriso de felicidade… aí percebi que estava no caminho certo. Ali ficámos a conversar uns curtos 10 minutos, a sua principal dúvida foi durante quantos anos é que tínhamos sido colegas. Ele não se lembra de tudo, mas pelo que a mãe disse recuperou bastante. Pude verificar que continua bem-humorado e houve 1 pormenor que eu achei curioso. No meio da conversa, ele utilizou uma expressão que usava imenso nos tempos de escola. Soube tão bem ouvi-la!
Apesar da conversa ter corrido bem foi, para mim, um momento de alguma tensão. Quando nos despedimos, entrei no carro e só me apetecia chorar! (e é isso que não percebo!)
Foi meu colega na primária e no ciclo, era um daqueles miúdos muito irrequietos, muito brincalhão, pouco aplicado (excepto no que dizia respeito às artes plásticas), desenhava maravilhosamente.
Os pais dele e os meus conheciam-se muito bem, isto porque em tempos tinham pertencido ao mesmo grupo de amigos, recém casados e sem filhos para lhes ocupar o tempo.
Resumindo, é um daqueles colegas que não se esquece facilmente!
Sem bem me lembro, no 8.º ano, ele mudou de escola e nunca mais nos voltámos a encontrar… assim, frente a frente… até hoje!
Há 3 ou 4 anos (ou talvez mais), estava a jantar com a família e a ver o telejornal quando, ouvi um nome que me chamou a atenção. Era o nome desse meu colega… e foi o choque! Estavam a fazer uma reportagem sobre poli-traumatizados (nada daquele género do coitadinho do desgraçadinho, não! Era uma coisa séria e sem dramas). Pelo que percebi durante a “peça”, ele tinha tido um acidente grave, tinha estado em coma, tinha ficado com um lado do corpo afectado, mal andava e mal falava. Fiquei horrorizada, alguém tão novo, que eu conhecia bem, alguém próximo! Todos nós achamos que estas coisas só acontecem aos outros e a quem não conhecemos… Esse dia e os seguintes foram, para mim, bastante perturbadores. Conhecê-lo como era antes e como estava naquele momento…
Entretanto, meses mais tarde, os meus pais encontraram a mãe dele e é claro que me contaram mais pormenores do que tinha acontecido e de como estava a recuperar. Cheguei mesmo a vê-lo 1 ou 2 vezes cá por Alverca, mas sempre de longe.
Hoje, quando entrei na Gaveto, tive medo… medo de lhe falar, medo de que ele não me reconhecesse, medo de o tratar de forma diferente, medo da reacção dele… Durante breves segundos fiquei estagnada à porta, sem reacção… Olhei para ele e acho que me apercebi do “click” dele e avancei, sorri-lhe e com a maior naturalidade cumprimentei-o. Enquanto lhe perguntava como estava, olhei para a mãe dele e vi o seu sorriso de felicidade… aí percebi que estava no caminho certo. Ali ficámos a conversar uns curtos 10 minutos, a sua principal dúvida foi durante quantos anos é que tínhamos sido colegas. Ele não se lembra de tudo, mas pelo que a mãe disse recuperou bastante. Pude verificar que continua bem-humorado e houve 1 pormenor que eu achei curioso. No meio da conversa, ele utilizou uma expressão que usava imenso nos tempos de escola. Soube tão bem ouvi-la!
Apesar da conversa ter corrido bem foi, para mim, um momento de alguma tensão. Quando nos despedimos, entrei no carro e só me apetecia chorar! (e é isso que não percebo!)
domingo, março 4
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