sábado, maio 3

Ir com a maré

O tempo passa, os dias dão lugar às noites, que por sua vez dão lugar aos dias e o tempo não pára… O último mês voou à velocidade de um Concorde, olho para trás e apenas vejo uma dúzia de bons momentos (e não quero dizer com isto que tenham sido poucos), não consigo dedicar-me às coisas de que gosto, deixei de escrever, o origami foi temporariamente posto de lado, os pacotes de açúcar vão sendo esvaziados lentamente… vá lá! Pelo menos a fotografia continua em força! Quero fazer tudo e não faço nada! Fico com a sensação de que as solicitações são em demasia para a minha capacidade de resposta e perco o controle.
Mas o que me deixa mais frustrada é ter entrado numa espécie de rotina, digo espécie porque felizmente os dias têm tido sempre algo de diferente… mas isso não chega!
Não é fácil explicar o que sinto! Acho que como não consigo dedicar o tempo suficiente aos meus projectos não sinto a magia, a força (chamem-lhe o que quiserem) para colorir os dias daqueles que me rodeiam, deixo de fazer algo que me dá imenso prazer e sinto-me apenas mais uma gota de água num grande oceano.


[Não quero ser uma Fordiana, quero ser um Selvagem!]

2 comentários:

Anónimo disse...

O Selvagem, por ter capacidade de escolha e decisão, tinha também a possibilidade de ir onde nunca nenhum Fordiano foi - tanto para cima como para baixo. E isso é, sem dúvida, o melhor, apesar do risco; como diz o tal gajo no Vanilla Sky, "the sweet is never so sweet without the sour".

That's the spirit.

Hélio disse...

Ha tempo para tudo, para correr e para andar mais devagar, para estar mais inactiva e para ter mil coisas para fazer, para rotina e para o improviso... tudo tem seu lugar e chegará a seu tempo...

Beijos